A empresa é
uma comunidade de accionistas, gestores e trabalhadores que partilham uma identidade
e realização de fins com base em objectivos acordados.
A
nacionalização da TAP perverte esta comunidade ao criar o ‘accionista estado
português político partidário’ que corrói princípios básicos da empresa:
-sucessão
de gestores não profissionais aos quais não exige remuneração do capital,
-trabalhadores
e sindicatos conscientes que ‘o Estado paga’, porque a empresa não pode falir.
E o Estado
-paga em
1994 com aumento de capital de €1,4 mil milhões, a preços de hoje, e garantia
bancária equivalente,
-em 2015, vai
pagar uma quantia significativa, de uma maneira ou de outra.
Isto não é
brilhante, mas o pior feito do ‘accionista estado português político
partidário’ é permitir, quando não apoiar, que esta relação espúria entre
accionista, gestão e trabalhadores
-seja um
bloqueio à necessária adaptação da empresa às exigências do mercado – é isto
que enfraquece a TAP de 2015,
-crie a
ilusão que o futuro dos trabalhadores é protegido pelo agora quase falido
accionista que paga e não pela competitividade da empresa em mercado aberto.
Desde 2001,
-uma gestão
profissional de génese atípica faz milagres operacionais, quando acrescenta
‘duas TAPs à TAP de 2001’ – desde esse ano até 2014 o número de PKU passa de 10
a 30.000 milhões,
-mas o
accionista condena a gestão a falhar na performance financeira e na relação com
os trabalhadores protegidos pelo Estado que paga.
O Camões de
2015 cantaria que o fraco accionista faz fraca a forte gestão.
Greve dos pilotos?
O Estado paga.
Futuro da TAP?
O Estado garante.
A Bem da
Nação
Lisboa 14
de Abril de 2015
Sérgio
Palma Brito
NOTA
(1) PKU
designa Passageiro-quilómetro, Número total de passageiros multiplicados pelo
número de quilómetros voados.
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