Ryanair e incentivos no destino Açores

 

Incentivos a companhias aéreas datam do início do século e sempre envoltos em confidencialidade perniciosa.

Surgiram mitos urbanos e nunca houve avaliação das políticas publicas.

Tentamos situar o problema.

1.Os incentivos a companhias aéreas foram criados por destinos sem suficiente capacidade de atração e que ganham com os turistas ‘incentivados’.

São tornados possíveis pelo modelo de negócio flexível das companhias low cost que permite criar bases nesses destinos.

E inserem-se em contrato de atingir objetivos que, sem estas, não seriam atingidos.

É errado falar de subsídios, que configurariam Auxílio de Estado.

Apesar de vários litígios, poucos são os casos em que as companhias low cost tiveram de os devolver.

2.Os incentivos só se justificam quando a capacidade de atração do destino é incapaz de gerar os fluxos turísticos ‘incentivados’.

A primeira reação da opinião publica devia ser a de se preocupar com a falta de capacidade de atração do destino.

Quando a há, o incentivo não existe.

Em 2014, a Ryanair gerou 2.000.000 de passageiros para Lisboa.

Há incentivos para companhias low cost voarem para Lisboa no início da sua dinâmica turística de conhecido sucesso.

3.Não tenho números, mas registei inúmeras opiniões sobre o novo dinamismo que as companhias low cost trouxeram aos Açores.

Neste caso, a Ryanair foi ‘incentivada’ em €1,5 milhões em 8 anos, o que dá €187,5 mihares por ano.

No texto ficamos a saber que a exigência negocial da Ryanair tem a ver com o aumento das taxas aeroportuárias.

É um caso típico de barganha e o povo é sereno.



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