Muitas das
notícias sobre a administração da TAP ignoram o essencial :
-a gestão
da TAP é privada e a administração é publica/privada.
O governo
insiste em não divulgar os documentos sobre o acordo de reversão da
privatização, o que viola todas as regras da transparência da coisa pública.
Felizmente
para nós, David Neleman fala da boca para fora. Retemos o essencial das suas
declarações em entrevista ao Publituris no início de 2017:
-”se me
perguntar se era o que eu sonhava quando, em conjunto com o meu sócio HP,
vencemos a privatização da TAP, a minha resposta sincera é que nunca poderia imaginar
tal alteração e não a desejava.
Mas a vida
é o que é e temos de nos saber ajustar às suas mudanças” […]
-“Aceitámos
negociar e estabelecer um novo modelo com este Governo e, hoje, estamos
confortáveis com o acordo a que chegámos”,
-“Na negociação, estabelecemos três pressupostos sem os
quais não pretendíamos continuar, mas felizmente foi possível serem satisfeitos.”,
-“Concordámos que o Estado reforçasse a sua
participação social desde que a Atlantic Gateway pudesse gerir a TAP sem interferências
políticas – a comissão executiva ser exclusivamente privada.”,
-“o plano estratégico definido por nós, e com o qual
vencemos a privatização fosse aceite pelo novo Governo”,
-“Os nossos direitos económicos [superiores à
percentagem de capital] ficassem salvaguardados.”,
-“o Governo
nos ajudasse na melhoria das condições financeiras existentes para a TAP”.
-“Com estes pressupostos garantidos e assentes num
acordo de accionistas com o Governo que nos protege de alterações e
interferências nestes domínios, foi possível continuar este projecto tão
aliciante para nós e sobretudo para Portugal.”.
Os
administradores vão “administrar” no quadro de um acordo em que a gestão é
privada e que exclui interferências políticas na gestão da TAP.
A Bem da
Nação
Lisboa 13
de Junho de 2017
Sérgio
Palma Brito
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