Tribunal de Justiça da União Europeia anulou a Decisão da Comissão de 10 de junho de 2020

 

Em 2 se julho de 2021, publiquei este post no Facebook.

Publico o texto no blogue por situar etapas importantes da Decisão que a Comissão Europeia virá a tomar no próximo futuro.

A abundância de notícias sobre a TAP quase faz esquecer o que se passa e vai passar na Comissão Europeia e Tribunal de Justiça da União Europeia. Este post faz um ponto da situação. Não menciona, mas não ignora o trabalho que tem vindo a ser desenvolvido na TAP e ao qual deseja o maior sucesso.

No seguimento de uma intervenção da Ryanair, em 19 de maio de 2021, o anulou a Decisão da Comissão de 10 de junho de 2020 que considerou compatível com o mercado único o Auxílio de Estado à TAP no valor de 1.200 milhões de euros.

Recordo a Decisão da Comissão e a do Tribunal.






Dada a relevância da TAP para Portugal e os efeitos da Pandemia, o Tribunal suspendeu os efeitos da anulação, “incluindo a recuperação do Auxilio”, até nova Decisão da Comissão.

Em função da via legal que decida seguir, Comissão tem prazo de dois meses (19 de julho de 2021) ou por período mais longo, mas razoável, para tomar nova Decisão.

Lamento que nem governo nem comunicação social tenham informado cabalmente os portugueses sobre

-a nova Decisão da Comissão será só sobre o Auxílio de Estado de 1.200 milhões de euros?

-ou incluirá a aprovação, mais ou menos fácil, do Plano de Reestruturação apresentado pelo governo?

Em 19 de maio, o governo desdramatiza a decisão do Tribunal:

-António Costa: «“Não significa nada, nenhum atraso. Vamos continuar a executar tudo como temos estado a executar e, seguramente, a Comissão Europeia dará as informações” que o Tribunal de Justiça da UE necessita “para justificar a decisão que tomou relativamente à TAP.»,

-Pedro Nuno Santos: «afirma não estar preocupado com a decisão que obrigará Bruxelas a voltar a fundamentar auxílio de Estado à companhia aérea» e começa a dar provas de não compreender o que é a concorrência no mercado único, desviando as atenções para a Ryanair. Fonte: Publico.

Ignoro se este otimismo descontraído resulta de informação confidencial consistente, do ‘não há de ser nada’ ou de politiquice medíocre.

Mesmo que haja alguma informação confidencial, a Decisão da Comissão sobre o Auxílio de Estado e o Plano de Reestruturação será

-muito escrutinada pela concorrência das companhias Low Cost e Full Service,

-quase certamente, objeto de decisão do Tribunal de Justiça da União Europeia.

Estas duas intervenções escapam ao governo e podem ser decisivas para o futuro da TAP.

 

 

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