Ministro Pedro Nuno Santos - cidadania não é ataque pessoal

 

Dei uma longa entrevista ao semanário Nascer do Sol e o editor escolheu o título que publicamos:

 




Publiquei no efémero Facebook um texto importante para compreender o meu posicionamento sobre passado, presente e futuro da TAP. Sem alterações o texto é o que segue.

 

 

Depois de profunda análise do dossier TAP e Transporte Aéreo em Portugal e na Europa, fiz algo que não é comum em Portugal

-responsabilizar politicamente o ministro das Infraestruturas e Habitação pelo desastre que a TAP vive,

-avaliar o desempenho do titular da pasta no exercício da função de acionista Estado na TAP, concluindo que o titular não tem qualificação para o exercício do cargo e deve ser substituído.

Este é exemplo do exercício de cidadania e só a degradação do debate publico em Portugal permite que exercício da cidadania seja confundido com ataque pessoal e por aí adiante.

Nunca ataquei nem atacarei pessoas. Luto por causas, critico propostas e combato erros com base em cuidada análise de factos.

Chego assim à Opinião que o ministro publica no Jornal de Negócios sobre “Tirar lições da crise para melhor proteger as companhias aéreas europeias” e à extraordinária frase

-“Os Estados-membros devem aprender com as lições da atual crise mundial da aviação civil.”.

Centenas de cidadãos da Europa já devem ter escrito isto e muitos milhões pensado o mesmo.

O ministro que tutela a TAP não compreende que não está em condições de intervir neste debate e ainda menos da maneira como o faz.

Explico.

Os “Estados-membros” conhecem

-o historial da TAP desde o Auxilio de Estado de 1994, a quase insolvência em 2000,

-os “pequenos resultados, mantendo-se, apenas, no limiar da sobrevivência” (Fernando Pinto, 2006) até `quase insolvência de 2015 de que só a privatização a salva,

-privatização que é revertida até chegar à quase nacionalização (92% do capital), ao arrepio das boas regras do Mercado Único do Transporte Aéreo,

-last but not the least, a desestabilização da TAP desde 2019 e o atual estar ligada à máquina por Programa de Reestruturação e Emergência em curso de decisão e a Empresa com futuro mais do que incerto.

Esta afirmação e sua explanação mostram o que já sabemos:

-por via do ministro das Infraestruturas e Habitação, o governo português desconhece o mercado competitivo e de concorrência leal em que a TAP vai operar, sem ter os requisitos para nele sobreviver.

 

Ver a entrevista do ministro em https://www.jornaldenegocios.pt/opiniao/colunistas/detalhe/tirar-licoes-da-crise-para-melhor-proteger-as-companhias-aereas-europeias

 

 

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