Este post resulta directamente das declarações de Pedro Santos Ferreira, Presidente da APAVT, ao Expresso de 1 de Dezembro. O agora Presidente, quando era gestor, habituou-nos a intervenções bem estruturadas, quantificadas e de nível muito superior ao que assistimos na maioria das reuniões sobre Turismo.
O texto do Expresso, a exemplo de anteriores declarações em Janeiro de 2012, parece ser mais dominado pela intervenção associativa, com o seu ritual e linguagem, o que se compreende em vésperas do Congresso da APAVT.
A nossa análise assenta numa base mais larga do que é a dos legítimos interesses empresariais das Agências de Viagens. Abordamos cinco pontos:
- recordar e contextualizar as declarações,
- percorrer temas a não ignorar,
- confrontar as declarações com a realidade da sazonalidade,
- situar os problemas do Turismo do Algarve que estão em causa,
- conhecer o potencial do Brasil para a Oferta de Turismo do País.
O que segue completa e é completado por um post, de 2 de Fevereiro de 2012
Link.
(1)
a) As Declarações do Presidente da APAVT
*Aposta Cega nas Low Cost”
Citamos o Expresso:
- “Temos de abandonar a última moda no país, a aposta cega nas companhias low cost, que se revelou catastrófica para regiões como o Algarve”,
- é um contrassenso “terem-se incentivado os privados a investir em hotéis de cinco estrelas e campos de golfe (e hoje somos o melhor destino europeu de golfe) e ao mesmo tempo matarem-se as linhas regulares e os charters dos operadores turísticos. O resultado é que a sazonalidade aumentou e o inverno algarvio passou a ser um deserto.”.
*"no polo oposto"
Segundo o Expresso, “no pólo oposto” PSF enaltece:
- “as enormes vantagens na construção de fluxos turísticos que para Portugal com voos que a TAP lançou para Florida (EUA), Rússia ou Rio Grande do Sul (Brasil), projectos que foram desdenhados e até combatidos pelos decisores políticos.”,
Depois de defender os mercados tradicionais, como a Alemanha e o Reino Unido “que não devemos abandonar”, acrescenta que o foco também deve ir para os emergentes, com destaque para o Brasil, cujos turistas crescem em Portugal a dois dígitos:
- “É um mercado ainda com um enorme potencial. A nossa China é o Brasil”.
*Declarações a Não Ignorar
Estas declarações não devem ser ignoradas, pois
- têm o mérito de pôr em debate publico temas relevantes e adormecidos ou varridos para debaixo do tapete,
- obrigam a rever algumas das ideias correntes sobre a intervenção do Estado e dos Privados na solução de alguns dos estrangulamentos da Procura/Oferta do Turismo do Algarve.
b) Notas Sobre Temas a Não Ignorar
*Dois Pontos Prévios
Esclarecemos dois pontos prévios. O primeiro tem a ver com uma atitude muito corrente nas tomadas de posição sobre Turismo e, em particular, sobre o Turismo o Algarve:
- os interlocutores são “contra ou a favor”, quando postos perante dois modelos de negócio concorrentes: começou por ser “turismo versus imobiliária”, passou por “hotelaria versus timeshare” e, mais recentemente “charters versus low cost” (2).
Quando somos confrontados com estas alternativas fechadas, a nossa posição é diferente:
- identificar os conflitos dos interesses subjacentes a cada um dos modelos de negócio que se excluem, e dar prioridade às sinergias que a conjugação de ambos pode gerar,
- daí tirar partido, em benefício dos interesses privados envolvidos, e sobretudo em função do interesse da Região e do País – posição facilitada por não representarmos interesses empresariais específicos.
Não estamos sós. Na actividade empresarial, muitos operadores turísticos já utilizam as Low Cost para os seus holiday package e Meet Industry, com a excepção da Ryanair (até ver). Outro exemplo é o do sucesso do Grupo Pestana assente, entre outros, na conjugação de hotelaria, timeshare, imobiliária e golfe.
O segundo ponto prévio é o de, neste post, limitarmos a nossa análise ao Alojamento Turístico Classificado, quando este é uma parte da Economia do Turismo do Algarve. O sucesso das Low Cost assenta em vários factores relacionados com a Procura, mas importa destacar o Alojamento Turístico que não é classificado pelo Turismo de Portugal:
- estas companhias são de crucial importância para a utilização das Casas de Férias pelos seus proprietários, para o sucesso da exploração das que estão no mercado turístico e para a atracção de reformados a residir em permanência.
Esta realidade está sempre em pano de fundo da nossa análise. Para a compreender, o leitor mais curioso pode percorrer o post: A Politica Que Falta à Economia do Turismo do Algarve
Link.
*Aposta Cega nas Low Cost e Responsabilidades Empresariais
De uma assentada, a referência a “aposta cega” levanta duas questões da maior relevância. A primeira é a nível do País e passa por duas reformas
- a primeira é interna ao Turismo de Portugal e consiste em os Incentivos a Companhias Aéreas saírem da área do Planeamento Estratégico do Turismo para a da Promoção Turística do Turismo de Portugal – a Acessibilidade Aérea é indissociável do Marketing & Vendas da Oferta de Turismo,
- a segunda é de fundo, e consiste em TODA a politica de Promoção Turística ser concertada entre SET/Turismo de Portugal e a Confederação do Turismo Português, abandonando a actual “Concertação” limitada à Promoção Externa Regional (26.7% do Orçamento da Promoção Turística, sem os custos da estrutura central).
A segunda questão põe-se a nível do Algarve e tem a ver com a participação das Associações Empresariais na Direcção da Associação Turismo do Algarve. Com efeito AHETA e APAVT
(3),
- participam na Direcção da ATA desde 2003 (4), mas consentem que os representantes da ERTA sejam os reais Dirigentes e Executivos da Associação – este duplo erro contribui para o definhamento da ATA,
- não podem continuar alheadas da Politica Regional de Transporte Aéreo, de que são responsáveis, porque a ATA participa, com o Aeroporto de Faro e o Turismo Portugal, na comissão que define e implementa essa política,
- não podem permitir que a avaliação desta Politica, feita por um Centro da Universidade do Algarve, seja confidencial, quando devia ser pública e discutida.
AHETA e APAVT estão muito bem posicionadas para
- levar a CTP a obter do Governo uma verdadeira Concertação Estratégica a nível de TODA a Promoção Turística, em ruptura, aliás, com a politica dos governos anteriores,
- concertar, no seio da CTP, uma intervenção positiva e real da “ATA a reconstruir” (5) na Politica Regional de Transporte Aéreo, que integre os três modelos de negócio: Low Cost, Charters e Full Service Carriers.
Esta dupla concertação (a nível nacional e regional) é a alternativa que falta à Região e ao País.
*A Catástrofe do Algarve
A afirmação que a “aposta cega” se “revelou catastrófica para regiões como o Algarve”
- parece-nos exagerada e, mesmo em termos associativos, excessiva,
- carente da apresentação de uma via alternativa – o tempo de só denunciar está ultrapassado.
*Contrassenso (I): Incentivar Golfe e Hotéis de Cinco Estrelas
A afirmação de “terem-se incentivado os privados a investir em hotéis de cinco estrelas e campos de golfe” exige autópsia em vida. Com as muito poucas excepções que só confirmam a regra,
- desde o 25 de Abril e até ao primeiro Governo de José Sócrates, nunca o Governo incentivou o investimento em campos de golfe no Algarve,
- pelo contrário, muitos Governos e departamentos da Administração Pública criaram as maiores e mais absurdas dificuldades ao seu licenciamento.
Por outro lado, muitos dos jogadores de Golfe viajam em Low Cost e estas companhias permitem a sua vinda mais frequente à Região
(6).
Aqui não houve “contrassenso”, mas sim hostilização no investimento em campos de golfe e ignorância das sinergias com o transporte low cost.
Quanto a “terem-se incentivado os privados a investir em hotéis de cinco estrelas”, há a considerar
- este discurso ser, de facto, uma “politica nacional” (sic), cujo resultado mais evidente é termos alguns falsos cinco e quatro estrelas e o drama de hotéis com “custos de quatro estrelas, serviço de três e preços de duas” (7),
- no Algarve, Manuel Pinho ter querido “multiplicar por dois o número de cinco estrelas”, com o Governo a meter o bedelho onde não é chamado – assistmos a um hoteleiro a sério, o Jorge Rebelo de Almeida, responder “Queres ser tu a dizer-me como eu invisto?” e a construir um verdadeiro quatro estrelas na Meia Praia.
Aqui não houve “contrassenso”, mas talvez falta de algum senso, e certamente de visão a prazo, por parte de alguns “hoteleiros” mais sensíveis a conversa politica.
*Contrassenso (2): Matar Linhas Regulares e Charter
A evolução ilustrada pelo Gráfico 1 suscita dois tipos de questões. A primeira tem a ver com as “linhas regulares”:
- é evidente que as Low Cost não mataram as “linhas regulares”, pois o valor da sua parte de mercado é estável,
- desde há pelo menos trinta anos, que “se propõe” a ligação de Faro a grandes aeroportos europeus (os hubs de hoje) por "linhas regulares", mas ninguém fez nada de concreto, fora o ruminar do problema em congressos e colóquios,
- em 30 de Maio, a AHETA apresentou ao Turismo de Portugal a versão draft de um projecto para ultrapassar este impasse e a actualização deste projecto está em curso (8).
A segunda tem a ver com os “operadores turísticos” e, em particular, os que operam com voos charters. Aqui há três aspectos a considerar
- esta questão foi analisada na alínea c) do já referido post de 2 de Fevereiro de 2012 e para ele remetemos o leitor, com a garantia de valer a pena ler Link,
- durante todos estes anos, na Direcção da ATA, AHETA e APAVT não fizeram propostas concretas para implementar mais cedo o que já é realidade: o alargar a operadores turísticos da politica de incentivos a companhias aéreas,
- em Junho de 2012 e a pedido do Turismo de Portugal, a AHETA apresentou o draft de um Projecto para relançar a venda do Algarve por operadores turísticos de países como Alemanha e Holanda.
Uma vez dito tudo isto, há uma questão a esclarecer:
- terá a Intervenção Publica distorcido a concorrência entre modelos de negócio e prejudicado o País?
c)Análise Rudimentar da Sazonalidade
*Termos de Comparação
Nesta análise rudimentar da sazonalidade
(9), comparamos os números de dois anos críticos:
- 1998, quando ainda não há tráfego Low Cost,
- 2011, quando a divergência entre o Tráfego Low Cost e o Charter atinge o valor máximo.
Limitamos esta análise rudimentar à evolução
- do número total de Dormidas no período que, em cada ano, vai de Novembro a Março, mais Novembro e Dezembro
- da concentração do número de Dormidas durante os meses de Julho e Agosto.
A análise é rudimentar, mas esclarecedora da tese que defendemos:
- o aumento do tráfego das Companhias Low Cost não dá fundamento à declaração: “a sazonalidade aumentou e o inverno algarvio passou a ser um deserto”.
*Sazonalidade da Época Baixa
O Quadro 1 mostra a comparação do número de Dormidas em 1988 e 2011, durante os meses da Época Baixa. Constatamos:
- uma diminuição de 526 milhares de Dormidas, o que é 21.8% em relação a 1998,
- uma diminuição de 3.0% da percentagem do valor que a Época Baixa representa, o que é 14.0% em relação à percentagem de 1998,
- a percentagem de diminuição em quantidade é superior à diminuição da percentagem da diminuição em percentagem, porque o valor do total de Dormidas diminui.
No melhor dos casos, os cinco meses da Época Baixa somam 2.417 milhares de Dormidas, o que representa 21.5% do número total de Dormidas.
Temas para discussão:
- na estrita óptica do Produto e dada a capacidade de alojamento inaproveitada, há um grande potencial de crescimento durante os meses da Época Baixa,
- mas, na óptica do Mercado e dados os preços praticados mais as vantagens comparativas do Algarve (10), é difícil à Oferta do Algarve competir no mercado do Winter Sun,
- ainda na óptica do Mercado, a estratégia parece passar por captar mais Procura de Golfe, Meet Industry, Turismo Médico e outras estadias, todas com mais valor acrescentado do que as do Winter Sun.
Quadro 1 - Avaliação da Época Baixa em 1998 e 2011
Fonte: Elaboração própria com base em INE – Estatísticas de Turismo
*Concentração da Procura em Julho e Agosto
O Quadro 2 compara a concentração da procura em Julho e Agosto. A comparação entre 1998 e 2011 mostra que o número de Dormidas é estável, mas a percentagem que representa do número total de Dormidas aumenta 12%, dada a diminuição do total.
Quadro 2 - Avaliação da Concentração da Procura em Julho e Agosto
Fonte: Elaboração própria com base em INE – Estatísticas de Turismo
Desconhecemos estudos sobre a Procura, mas o reforço desta concentração em Julho/Agosto parece ter a ver com o mercado. É sempre possível afirmar que. havendo mais operações de Holiday Package, estas tenderiam a diminuir a concentração. Sen investigação de mercado e sem números, não nos pronunciamos.
*O “Deserto” do Inverno e o “Inferno” de Agosto
A Oferta de Turismo do Algarve é a de uma Área Turística do Mediterrâneo, criada em torno de um aeroporto construído de raiz, numa Região cuja população é inferior à do Concelho da Amadora – a presença/ausência de turistas é facilmente notada.
Em 2011, nesta Área Turística, há cerca de 100.000 camas no Alojamento Turístico Classificado, e cerca de 140.000 de Casa de Férias (de moradias e apartamentos). Apesar de esforços concretos de muita gente, e independentemente do repetitivo discurso politico, há a difícil gestão de uma realidade conhecida:
- largos meses de muito baixa ocupação dos dois tipos de alojamento,
- uma concentração da Procura em Julho e Agosto, com um pico de 15 a 15 de cada um destes meses.
Esta é uma realidade do negócio, que cada empresa gere o melhor que sabe e pode:
- a Meet Industry cria alguma ocupação nos hotéis e o Golfe em hotéis e Casas de Férias,
- apesar da concorrência, o Winter Sun ainda atrai turistas,
- há surpresas como o surf.
O urgente melhorar desta situação exige muito profissionalismo e clarividência da Politica nacional e municipal. Uma coisa é certa, só perde com os discursos não suportados pela realidade e sem propostas concretas.
d) Notas Sobre Procura/Oferta no Alojamento Turístico Classificado
*Acessibilidade Aérea ao Algarve
Do post de 2 de Fevereiro, recuperamos o Gráfico 1, sobre “Passageiros do Aeroporto de Faro, por Modelos de Negócio do Transporte Aéreo”. Registamos:
- o crescimento, entre 1998 e 2011, do número total de Passageiros, a um ritmo diferente do dos anos anteriores, mas “crescimento”,
- a estabilidade do tráfego das Full Service Carriers,
- a divergência entre a diminuição do tráfego das Companhias Charter e o crescimento das Companhias Low Cost.
Gráfico 1 – Aeroporto de Faro: Modelos de Negócio do Transporte Aéreo
Fonte: ANA, SA
*O Algarve – O Problema de Fundo
O Gráfico 2 ilustra a evolução do número total de Dormidas de Não Residentes, no Alojamento Turístico Classificado.
Registamos
- crescimento do número de Dormidas até ao ano 2000,
- entre 2000 e 2011, o Algarve perde dois milhões de Dormidas.
Estes números, rudimentares mas esclarecedores, são utilmente completados pela visita ao sítio da AHETA.
Destes números resulta que no Algarve,
- o principal problema a enfrentar é o da diminuição das Dormidas de Não Residentes,
- atenuar a Sazonalidade da Época Baixa pode ser importante para alguns empreendimentos turísticos, mas é um objectivo colectivo secundário em relação ao anterior.
A abordagem das consequências negativas na sazonalidade nestas unidades deve ser objecto de um programa especifico de Marketing e Vendas.
Gráfico 2 – Evolução do Número de Dormidas de Não Residentes no Alojamento Turístico do Algarve
Fonte: Elaboração própria com base em INE – Estatísticas de Turismo
O Gráfico 3 ilustra a repartição da perda de dormidas, por país de residência dos hóspedes, entre o ano 2000 (pico da procura) e 2011 (último ano).
Gráfico 3 – Repartição do Número de Dormidas Pelos Top 5 Países de Origem
Fonte: Elaboração própria com base em INE – Estatísticas de Turismo
O que está em causa é reagir, com um atraso de vários anos, a
- uma perda de dois milhões de Dormidas entre 2000 e 2011,
- 1,6 milhões de Dormidas perdidas no mercado da Alemanha e 500.000 no do Reino Unido.
De facto, como afirma Pedro Costa Ferreira, “não devemos abandonar” os mercados da Alemanha e Reino Unido.
Para o leitor compreender melhor o que está em causa, aconselhamos a leitura de:
- Algarve, Grande Bretanha, Alemanha, Golfe e o Mercado, Pá? Link.
- Alemanha Mercado Prioritário Para a Oferta de Turismo de Portugal Link.
e) ”No polo oposto”
*A Declaração
Relembramos a declaração de que nos ocupamos:
- “as enormes vantagens na construção de fluxos turísticos que para Portugal com voos que a TAP lançou para Florida (EUA), Rússia ou Rio Grande do Sul (Brasil), projectos que foram desdenhados e até combatidos pelos decisores políticos.”.
Quatro comentários
- há uma diferença enorme entre os fluxos de Miami/Moscovo e os do Brasil - no caso de Moscovo, o INE não explicita as Dormidas de Residentes da Russia, dada a sua pouca importância,
- quanto a “decisores políticos”, ignoramos o que está em causa, mas até houve um apoio à TAP pela abertura da rota de Moscovo,
- há uma realidade que escapa à declaração de que nos ocupamos: estes fluxos não têm importância significativa para o Algarve e reforçam a nossa tese de devermos analisar a Procura/Oferta com base nas áreas de influência dos aeroportos de chegada,
- subliminarmente surge uma rivalidade/concorrência, que deve ser explicitada e abordada em função do Mercado: TAP versus Low Costs, caso de que nos ocuparemos em próximo post.
*Brasil
Das “enormes vantagens”, ocupamo-nos da que é, no jargão politico da actualidade, verdadeiramente enorme, robusta e colossal: a procura com origem no Brasil.
O Gráfico 4 ilustra as Dormidas de Residentes no Brasil no Alojamento Turístico Classificado.
Registamos:
- o crescimento do número total de Dormidas entre 2010/2011,
- o sucesso de dois factores: Lisboa como destino e a Diáspora no Norte e Centro de Portugal,
- o pouco significado dos outros Destinos Regionais, “liderados” pelo Algarve, onde o número de Dormidas corresponde a um terço do Centro e um sétimo do Norte.
A menos que nos enganemos muito, este padrão de destinos regionais não é susceptível de grande alteração, por via da Promoção Turística.
Gráfico 4 – Dormidas de Residentes no Brasil no Alojamento Turístico Classificado
Fonte: Elaboração própria com base em INE – Estatísticas de Turismo
É com esta nova e importante realidade do Mercado que fechamos a nossa análise das declarações do Presidente da APAVT.
A Bem da Nação
Albufeira 4 de Dezembro de 2012
Sérgio Palma Brito
Referências
(1) Do post de 2 de Fevereiro de 2012, respigamos parte da Declaração de Interesses:
- “A nossa reflexão sobre a Economia de Turismo e a relação entre Politica de Turismo e Iniciativa Privada está acima de escaramuças “em curso e futuras”, com a Secretaria de Estado, e da agenda política de quem quer que seja (…incluindo a nossa!).”.
(2) No contexto do Aeroporto de Faro, a designação Low Cost designa todas as que não são Full Service ou de voos Charter. Na realidade, no contexto do discurso corrente, uma única companhia conserva as características das low cost originais (a Ryanair) e atrai muito da imagem negativa de quem é “contra as low cost”. A EasyJet evoluiu para um modelo mais sofisticado e está a ser mais aceite. Depois há um misto de situações, em geral ignoradas pelo discurso corrente.
(3) A AHISA integra a Direcção da ATA – Associação do Turismo Algarve, mas não a consideramos por ter deixado de ser filiada na CTP – Confederação do Turismo Português e ser a CTP que está em causa, quando consideramos a iniciativa privada.
(4) A actual da Direcção da APAVT deixou de estar representada na Direcção da ATA, mas esse facto não invalida a afirmação.
(5) “ATA a reconstruir” designa a futura associação de empresas privadas que contratualizará a Promoção Turística Regional, no quadro da nova legislação em preparação.
(6) Mais não dizemos, por mais não sabermos e não sabemos por os estudos de avaliação serem confidenciais.
(7) Esta brilhante síntese da realidade de algum investimento hoteleiro tem autor, cujo anonimato respeitamos.
(8) Declaração de interesses: somo o autor da versão de base da versão Draft deste Projecto e do mencionado a seguir.
(9) O leitor mais curioso deve consultar o sitio e as publicações da AHETA. Os números que apresentamos pretendem apenas dar uma ideia do que está em causa.
(10) A titulo de mero exemplo, o clima de Tenerife dá mais garantias de Sol e amenidade do que o do Algarve, ao ponto de poder evitar o investimento e funcionamento do aquecimento dos empreendimentos.