Depois de
para aí trinta anos de consolidação (por crescimento orgânico, fusões e
aquisições) e integração vertical (companhia aérea, distribuição em High Street
e online, alojamento e cruzeiros), a TUI Travel é extraordinário caso de
sucesso. O Thomas Cook Group, o outro operador turístico que a acompanha na
consolidação atravessa problemas financeiros e internos que põem o seu sucesso
em causa.
Fiona
Downie substitui o histórico Duarte Correia na direcção da TUI Portugal e Cabo
Verde e faz declarações que exigem atenção. O que Fiona
Downie diz sobre estratégia parece um discurso da vulgata corrente sobre
turismo, mas não é.
Na ocorrência é a estratégia que faz o sucesso da TUI,
talvez o único operador turístico de package holiday que em 2007, quando se consolida, é capaz de reconhecer a
fraqueza estratégica em que assenta e de a ela reagir (brevemente neste blogue).
Esta é a estratégia
que desafia o Algarve a responder à
-“necessidade
de desenvolver experiências únicas em destinos que se pretendem modernos, e nos
quais o controlo de custos, as relações com os fornecedores e o empenhamento e
envolvimento das equipas são pedras basilares”.
Parece mais
um exemplo do frequente discurso fácil sobre turismo, mas não é. É a realidade
do mercado a entrar-nos pela casa dentro.
A ‘nova’
companhia aérea da TUI integra todas as companhias aéreas dos operadores
consolidados (desde a Britannia da Thomson, à Air2000 da First Choice, passando
pela Hapag-Lloyd Flug
da ex-TUI Alemanha e acabando na simpática Arke da Holanda do senhor Arke ou a
Fritidsresor da Suécia).
Esta companhia
aérea concorre com “low-costs como a easyJet, Ryanair ou Norwegian”. A Fiona
não diz que:
-quando
fizer business sense, os clientes do
package holiday dos operadores TUI voam numa dessas ou outras companhias – o que
põe em causa a dicotomia ‘low cost contra charter’ de uma das guerras estéreis
sobre o turismo do Algarve,
-a
companhia aérea tem a 7ª maior frota na Europa, com 13 Dreamlineers e planos
para 17 em 2019.
Mais informação em posts já publicados e no documento em curo de elaboração sobre a acessibilidade aérea competitiva a Portugal.
A Bem da
Nação
Lisboa 3 de
Outubro de 2015
Sérgio
Palma Brito
Ver mais em
http://www.ambitur.pt/tui-preve-crescer-5-ate-2020-com-produtos-unicos-e-diferenciadores/#sthash.yLiIQRND.dpuf
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