É indispensável que uma entidade pública disponibilize informação credível sobre a concorrência que tem lugar, no Aeroporto de Lisboa, entre a TAP e a Ryanair.
É conhecida a tensão gerada pela partilha de espaço entre as exigências operacionais do hub da TAP e da operação low cost, em certas horas do dia – para isto há soluções, que, não sendo óptimas, são possíveis.
Agora está em causa uma base da Ryanair no Terminal 2 (a ser, também, utilizado por outras companhias low cost). Com esta base da Ryanair, é expectável haver aumento de turistas em Lisboa e sua cintura turística.
O Estado define a política de transporte aéreo, é proprietário de instalações, seu utilizador, administração pública, regulamentador e fiscalizador, accionista, fiscal e gestor de empresas, concorrente de si próprio (na Grounforce e Portway), regulador e regulado e, na relação TAP/ANA fornecedor e cliente.
É tempo de o Estado deixar de ser tanta coisa e fomentar o turismo em Portugal, por via de Regulação Económica e da Qualidade de Serviço e da Concorrência. É neste quadro que se resolvem conflitos de interesses, como os que estão em causa.
A privatização da TAP e ANA permite ao Estado concentrar-se no que nós esperamos dele e sair do novelo em que tem andado enredado.
Albufeira 1 de Outubro de 2011
Sérgio Palma Brito
Ver no Publico:
TAP responde à Ryanair e diz que é tempo de pôr um fim à "chantagem" - Economia - PUBLICO.PT
Este post é apoiado pelo documento de trabalho
“Notas soltas sobre a guerra TAP e Hub de Lisboa versus Ryanair e Terminal 2, no Aeroporto de Lisboa”
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