Contributo da TAP para o turismo e economia em Portugal


O contributo da TAP para o País traduz-se na realização de quatro fins que listamos por ordem de prioridade:

-contribuir para a acessibilidade aérea competitiva a Portugal,

-captar mais-valia nacional na cadeia de valor da conectividade aérea dos aeroportos do País,

-contribuir para a imagem de Portugal como País e destino turístico,

-apoiar o marketing & vendas da oferta de turismo.

Este contributo

-está condicionado por a TAP ser uma empresa rentável em mercado aberto e sem ajuda do Estado (1), e

-implica a prioridade total à acessibilidade aérea competitiva por ser, de longe, a mais importante fonte de criação de valor acrescentado com reflexo no PIB e Emprego.

 

Informação ao leitor

O presente post tem versão em PDF está disponível (aqui).

O leitor deve estar informado sobre os Princípios Gerais do blogue.

A lista dos posts sobre a TAP já publicados pelo blogue está acessível aqui.

A introdução à informação estatística adequada está acessível (aqui).  

 

 

1.TAP e acessibilidade aérea competitiva – turismo receptor

Em recente entrevista ao Expresso, Dionísio Pestana afirma:

-“Portugal tem condições para competir com os melhores destinos e merece este sucesso no turismo. É difícil arranjar um ponto negativo, só o transporte aéreo. À excepção de Lisboa, a TAP pouco contribui para o crescimento do Algarve, Madeira ou Porto. Temos de agradecer às companhias low cost, que foram os grandes salvadores do turismo. É fundamental que o país tenha uma aposta forte no transporte aéreo para continuar este crescimento.” (2).

Esta afirmação sintetiza a participação da TAP na acessibilidade aérea competitiva a Portugal no turismo receptor e sintetiza a análise que segue. A importância, geografia e diversificação das actividades e do Grupo Pestana dão ao seu leader uma visão muito acima da de outros empresários.

 

1.1.A TAP nos aeroportos do Porto, Faro e Funchal entre 2001/13

*Enquadramento na evolução a longo prazo (1980/2013)

Os gráficos 1, 2 e 3 ilustram a evolução entre 1980/2013 dos passageiros desembarcados em tráfego internacional e por companhias aéreas estrangeiras e nacionais, nos aeroportos de Porto, Faro e Funchal (3).

Identificamos características comuns aos três aeroportos:

-o tráfego internacional é o driver do crescimento do aeroporto e assenta sobretudo no turismo receptor,

-com tempos diferentes em cada um dos aeroportos, as companhias estrangeiras são determinantes para as fases de crescimento acentuado, 

-nestes aeroportos o tráfego internacional é exclusivamente intra europeu, com algumas excepções no Porto (segunda base do hub intercontinental da TAP) e casos insignificantes em Faro e Funchal (4).

Estes dados e a situação económica e social do País permitem afirmar que,

-o crescimento do tráfego dos aeroportos do Porto, Faro e Funchal depende de rotas intra europeias de curto e médio alcance, onde a TAP encontra a concorrência das companhias low cost.

No aeroporto do Porto (gráfico 1), o crescimento do tráfego de passageiros

-arranca a ritmo moderado na década de 1990 e estabiliza na primeira metade da década de 2000, a indiciar que só uma ruptura pode alterar esta evolução,

-a ruptura no ritmo de crescimento ocorre a partir de 2004, com as companhias low cost e destaque para a base da Ryanair.

Gráfico 1 – Porto: passageiros em tráfego internacional e de companhias estrangeiras e nacionais
(milhares)

 
 
Fonte: Elaboração própria com base em INE – Estatísticas dos Transportes
Nota – O total de companhias nacionais e estrangeiras integra também passageiros em tráfego territorial e interior.

Gráfico 2 – Faro: passageiros em tráfego internacional e de companhias estrangeiras e nacionais
(milhares)

 

Fonte: Elaboração própria com base em INE – Estatísticas dos Transportes
Nota – O total de companhias nacionais e estrangeiras integra também passageiros em tráfego territorial e interior.

O aeroporto de Faro marca o antes e depois do turismo no Algarve e

-inova pelo papel das companhias estrangeiras de voos fretados ao serviço dos operadores de package holiday,

-continua a inovar quando as companhias low cost substituem, canibalizam ou completam (tema a debater) o transporte em voos fretados,

-entra numa fase de estabilidade de crescimento que a escala temporal deste gráfico escamoteia e o gráfico 5 já mostra.

Não temos informação que nos permita analisar o tráfego aéreo no aeroporto do Funchal, mas a recente inversão de tendência entre companhias nacionais e estrangeiras mostra dificuldade da TAP em lidar com a concorrência de companhias low cost.

Gráfico 3 – Funchal: passageiros em tráfego internacional e de companhias estrangeiras e nacionais
(milhares)

 
Fonte: Elaboração própria com base em INE – Estatísticas dos Transportes
Nota – O total de companhias nacionais e estrangeiras integra também passageiros em tráfego territorial e interior (ligação com Porto Santo).

O gráfico 4 junta a evolução dos aeroportos de Porto e Faro para ilustrar uma diferença que vem do passado e marca o futuro.

-o modelo de negócio do package holiday é o primeiro a democratizar o transporte aéreo na Europa, mas apenas entre as cidades do Norte e as áreas turísticas da bacia alargada do Mediterrâneo

-durante anos, Faro é mais importante e cresce mais do que o Porto, apesar da reduzida população do Algarve não alimentar tráfego outbound como acontece no Porto,

-a partir de 1993, as companhias low cost democratizam o transporte aéreo entre cidades da Europa – o Porto cresce a nível mais rápido do que Faro (parte de base mais baixa) e atinge Faro em tráfego internacional.

Gráfico 4 – Tráfego internacional nos aeroportos do Porto e Faro
(milhares)



Fonte: Elaboração própria com base em INE – Estatísticas dos Transportes

*Evolução no período da gestão profissional da TAP (2001/2014)

O gráfico 5 ilustra a evolução, em índice e entre 2001/13, dos passageiros desembarcados em tráfego internacional nos aeroportos do Porto, Faro e Funchal. Retemos:

-o elevado ritmo de crescimento do Porto, explicável por partir de base baixa e tirar partido do crescimento da deslocação de tour urbano e cultural,

-o baixo ritmo de crescimento do Faro e Funchal, por partirem de base já elevada e haver estabilidade na procura por deslocações de estadia em áreas turísticas da bacia alargada do Mediterrâneo – esta é a diferença estrutural que o gráfico 4 escamoteia (5).

Gráfico 5 – Passageiros desembarcados em tráfego internacional – evolução em índice
(2001=100)

 
Fonte: Elaboração própria com base em INE – Estatísticas dos Transportes

O gráfico 6 ilustra a evolução da quota das companhias nacionais nos passageiros desembarcados em tráfego internacional nos aeroportos do Porto, Faro e Funchal.

Este gráfico difere dos anteriores porque

-no aeroporto do Porto, o ‘tráfego corrigido’ das companhias nacionais resulta do valor total deduzido dos passageiros de tráfego territorial e interior – ver a explicação no post sobre estatísticas do transporte aéreo (aqui).Mantemos o valor de Faro por não haver trafego territorial e o interior ainda ser dominado pela TAP e ocupado por passageiros do hub europeu da TAP (6). Apesar da importância do tráfego territorial, mantemos o valor do Funchal pela possível importância do tráfego do hub europeu de Lisboa.  

Gráfico 6 – Quota das companhias nacionais nos passageiros tráfego internacional (2001/2013)
(percentagem)

 
Fonte: Elaboração própria com base em INE – Estatísticas dos Transportes

Nota –No Porto utilizamos o ‘tráfego corrigido’ das companhias nacionais (ver texto).

Dois comentários:

-a quota das companhia nacionais diminui nos três aeroportos, dominam as companhias low cost e não será fácil à TAP ganhar quota de mercado a estas companhias,

-a descida das companhias nacionais é menos perceptível em Faro (onde o seu valor foi sempre pequeno), é violenta no Funchal (onde a quota inicial é superior a 100 dada a importância do tráfego territorial) e no Porto (onde o papel das companhia low cost é publico e consensual).

*Proposta de síntese

Nos aeroportos de Porto, Faro e Funchal,

-o tráfego internacional é o driver do crescimento do aeroporto, assenta sobretudo no turismo receptor, as companhias estrangeiras são determinantes para as fases de crescimento acentuado, e é exclusivamente intra europeu, com as excepções que confirmam a regra.

Estes dados e a situação económica e social do País permitem afirmar que, nos aeroportos do Porto, Faro e Funchal do futuro previsível,

-o crescimento depende do tráfego intra europeu, onde a TAP encontra a concorrência das companhias low cost,

-nestes três aeroportos, a TAP no seu modelo de negócio actual terá muita dificuldade em ganhar quota de mercado a estas companhias.

 

1.2.Base da TAP na conectividade aérea do aeroporto de Lisboa

*Introdução à base da TAP em Lisboa

A base da TAP em Lisboa é importante activo da empresa, assegura a importante conectividade aérea de hub do aeroporto (aqui) e depende da TAP ser empresa rentável em mercado aberto e sem ajuda do Estado. Contrariamente a uma ideia corrente, nenhum accionista, estado ou privado, pode ‘garantir a base de Lisboa’.

Em síntese

-Lisboa é a única base da TAP, concentra a totalidade da sua frota e é avaliada com base em passageiros desembarcados do turismo receptor e embarcados do turismo emissor,

-os passageiros em trânsito pelo hub desembarcam e embarcam em Lisboa, contam para as estatísticas de passageiros desembarcados/embarcados, mas em teoria nada têm a ver com a localização do aeroporto,

-é o conjunto dos passageiros de turismo receptor e emissor e de hub que faz o sucesso ou insucesso da base da TAP em Lisboa.

*Enquadramento na evolução a longo prazo (1980/2013)

O gráfico 7 ilustra a evolução entre 1980/2013 do número de passageiros desembarcados em tráfego internacional e por companhias estrangeiras e nacionais em todos os tráfegos (territorial e interior incluídos).

No caso do tráfego internacional é possível identificar

-um crescimento pacato até 1993, que aumenta até 1997 e conhece um pico em 1998 (ano da Expo), em que ultrapassa os três milhões,

-depois, o número de passageiros desembarcados cresce até 2000 e estabiliza até 2003,

-a partir de 2003/04 começa um surto de crescimento que se mantém até à actualidade,

-neste surto, a queda de 2009 é consequência directa da crise, mas é rapidamente recuperada nos anos que seguem.

Nesta evolução e contrariamente ao que acontece no Porto, Faro e Funchal,

-as companhias nacionais, com destaque para TAP e Portugália representam, de maneira sustentada, mais tráfego do que as companhias estrangeiras.  

Gráfico 7 – Lisboa: passageiros em tráfego internacional e de companhias nacionais e estrangeiras
(milhares)

 
Fonte: Elaboração própria com base em INE – Estatísticas dos Transportes

*Evolução no período da gestão profissional da TAP (2001/2013)
O gráfico 8 ilustra a evolução em quantidade, entre 2001/2013, do número de passageiros desembarcados em tráfego internacional e por companhias estrangeiras e nacionais (valor corrigido).



Este gráfico limita-se a detalhar a evolução que já é evidente no gráfico anterior, mas exige dois comentários:

-entre 2005/2009 há perturbação na evolução do número de passageiros desembarcados por companhias nacionais e estrangeiras, o que é mais evidente nos dois gráficos que seguem.

O gráfico 9 ilustra a evolução, em índice e entre 2001/2013, do número de passageiros desembarcados em tráfego internacional e por companhias estrangeiras e nacionais (tráfego corrigido).

O gráfico 10 ilustra a quota do ‘tráfego corrigido’ das companhias nacionais nos passageiros em tráfego internacional no aeroporto de Lisboa.

Gráfico 8 – Lisboa: passageiros em tráfego internacional e de companhias nacionais (corrigido) e estrangeiras, em quantidade
(milhares)




Fonte: Elaboração própria com base em INE – Estatísticas dos Transportes

Nota – O ‘tráfego corrigido’ das companhias nacionais não inclui o tráfego territorial e interior.

Gráfico 9 – Lisboa: passageiros em tráfego internacional e de companhias nacionais (corrigido) e estrangeiras, em índice

(2001=100)


Fonte: Elaboração própria com base em INE – Estatísticas dos Transportes
Gráfico 10 – Lisboa: quota das companhias nacionais (corrigido) nos passageiros em tráfego internacional
(percentagem)
 
Fonte: Elaboração própria com base em INE – Estatísticas dos Transportes
Da observação dos gráficos 9 e 10 retemos:

-vários anos de variações atípicas, porventura algo exageradas pela escala do gráfico 10, e que não sabemos explicar,

-uma inegável tendência para a estabilidade das quotas de mercado de companhias nacionais e estrangeiras entre 2010 e 2013 (média de 56,5%).

*Proposta de síntese

A base da TAP em Lisboa é activo da empresa indissociável da conectividade aérea do aeroporto onde se concentra a totalidade da frota. A base da TAP

-depende da empresa ser rentável em mercado aberto e sem ajuda do Estado,

-integra passageiros desembarcados do turismo receptor e embarcados do turismo emissor, e em trânsito pelo hub desembarcam e embarcam em Lisboa.

Entre 2001/2013, há anos de variações atípicas e um facto relevante:

-a quota do ‘tráfego corrigido’ das companhias nacionais nos passageiros em tráfego internacional no aeroporto de Lisboa mostra tendência de estabilidade numa média de 56,5% entre 2010 e 2013.

Por outras palavras, TAP e Portugália resistem à concorrência de companhias low cost e full service no aeroporto de Lisboa. A questão a pôr é saber como reagem no futuro.

1.3.Hub intercontinental de Lisboa
O hub intercontinental de Lisboa é indissociável da TAP porque sem ele a TAP tal como a conhecemos deixa de existir e a que resta não terá longo curso suficiente e não resistirá á concorrência nas rotas europeias.
Como vimos no post sobre a conectividade dos aeroportos, o tráfego do hub está interligado com o da base da TAP em Lisboa (aqui).
No contributo da TAP para o País encontramos o hub ligado
-à acessibilidade aérea competitiva a Portugal,
-e no item seguinte sobre “Mais-valia nacional na conectividade aérea dos aeroportos”. 

2.Outras parcelas do contributo da TAP para o País

*Turismo emissor

Sempre que lidamos com a contribuição do turismo para a economia ou cultura e sociedade do País, temos de separar turismo receptor e emissor. Se a nossa preocupação é a contribuição do turismo para a economia, a prioridade ao turismo receptor é evidente.

A conectividade de um aeroporto é mais importante e diversificada se o seu tráfego combinar turismo emissor, receptor e interno (7), mais o tráfego de hub.

A conectividade do aeroporto de Faro sofre por praticamente não existir turismo emissor a partir do Algarve.

*Mais-valia nacional na conectividade aérea dos aeroportos

Em teoria podemos imaginar um país sem companhias aéreas nacionais e com a conectividade aérea dos seus aeroportos assegurada por companhias estrangeiras. É a partir deste cenário extremo que situamos a TAP a captar mais-valia nacional na cadeia de valor da conectividade aérea dos aeroportos do País e a medir este processo com base em

-receita e despesa da rúbrica de Transportes Aéreos de Passageiros na balança de pagamentos,

-criação de emprego directo pelas empresas do Grupo TAP.

Para captar esta mais-valia a TAP

-tem de ganhar quota de mercado no turismo receptor e emissor, mais tráfego territorial e interior,

-inova significativamente ao sediar o hub intercontinental em Lisboa (e Porto).

O relatório do Grupo TAP referente a 2013 reporta que a empresa

-atinge “em vendas e prestações de serviços, no mercado externo, um total de €2.374 milhões, mais €156 milhões, ou seja, mais 7,0% que o valor verificado em 2012”.,

-espera em 2013/2014, um aumento na criação de emprego, através da entrada de cerca de 600 trabalhadores de elevada qualificação, face à saída de 150 funcionários maioritariamente por reforma (8).

A avaliação do contributo da TAP para o País neste campo deve ser

-alargado aos custos nos mercados externos e a todas as empresas do Grupo,

-objecto de estudo profissional por universidade de primeira linha, de modo a dispormos de uma avaliação sólida, abrangente e independente.

*TAP, marcas País e marketing & vendas da oferta de turismo

A marca TAP é parte do conjunto de marcas que contribuem para a formação da imagem de marca de Portugal como País (9)

Em campos que estão interligados,

-a marca TAP contribui para o branding de Portugal como destino turístico,

-a TAP, em ligação com a distribuição ou não, contribui para o marketing & vendas da oferta de turismo.

São temas a desenvolver noutro post.

 

A Bem da Nação

Lisboa 4 de Maio de 2015

Sérgio Palma Brito

 

Notas



 
(1)Este factor condicionante é justificado em post da III Parte da presente série de posts (aqui), mas resulta da ruptura, ainda não completamente assumida, entre a TAP da ‘transportadora aérea nacional’ e a da estratégia da gestão profissional (aqui).
(2)Dionísio Pestana, entrevista ao Expresso em 21 de Fevereiro 2015.
(3)O leitor menos familiarizado com as estatísticas do transporte aéreo pode ler o post onde as procuramos explicar (aqui). Ver também o terceiro post da I Parte de onde recuperamos quase todos os gráficos que seguem.
Lembramos mais uma vez que a falta de informação estatística adequada
-obriga a utilizar o indicador ‘Companhias nacionais’ que conforme os casos se identifica com a TAP ou com TAP e Portugália – estas e outras hipóteses de trabalho não comprometem a análise,
-limita-nos a 2013 porque o INE só publica as Estatísticas dos Transportes por volta de Julho/Agosto,
-é objecto de referência precisa [ponto 4 do já referido terceiro post da I Parte], porque o nosso trabalho poderia ser mil vezes mais fácil de elaborar e mais interessante a ler.
(4)Realidade facilmente observável e confirmada por informação que a ANA deixou de divulgar mas à qual se pode aceder com reserva de confidencialidade. O ponto 4 do post sobre estatísticas do transporte aéreo propõe que a ANAC publique estatísticas por aeroportos (aqui). 
(5)No seio do mercado europeu da viagem de lazer, a divergência entre o crescimento das deslocações de tour urbano e cultural e das deslocações de estadia exige post específico, para além das referências dispersas já feitas em vários posts do blogue.
(6)O hub europeu da TAP no aeroporto de Lisboa é utilizado por passageiros entre a Europa e Faro ou regiões autónomas. 
(7)O turismo interno é o gerado por residentes em Portugal a viajar em Portugal e gera o que, nas Estatísticas dos Transportes, designamos por tráfego territorial e interior.
(8)Relatório do Grupo TAP referente a 2013, p. 46.
(9)Entre outros, ver Simon Ahholt, Competitive Identity, the new brand management for nations, cities and regions, Palgrave, 2007, p. 25.



Sem comentários:

Enviar um comentário