Em Abril de
2013, o Secretário de Estado do Turismo propõe a Revisão Pontual do actual
Regime Jurídico dos Empreendimentos Turísticos.
Durante o
Verão, inclui na Revisão Pontual a proposta do Empreendimento Turístico Sem
Estrelas. Este passa a ser objecto das mais variadas críticas, polariza a
atenção geral e faz esquecer a responsabilidade essencial do Governo: uma Revisão “a sério” do actual
Regime Jurídico dos
Empreendimentos Turísticos.
Um dos temas
essenciais desta Revisão “a sério” está definido, desde 2012, por José
Theotónio, CFO do Grupo Pestana*:
-“Sobre a
actividade hoteleira impedem um conjunto de normas, regulamentos, seja na fase
de aprovação e licenciamento da actividade seja na fase de exploração que só
acarretam custos acrescidos para as empresas e não têm nenhum valor
acrescentado para o cliente, quer em termos de segurança, quer em termos da
melhoria da qualidade de serviço.”.
-“As
empresas turísticas portuguesas têm hoje um deficit de competitividade com as
suas concorrentes internacionais porque têm de suportar legislação da mais
diversa ordem, sem qualquer valor acrescentado para o cliente e com custos
acrescidos para as empresas. O objectivo é analisar toda a legislação que
regula a actividade em países europeus e adaptar aquela que for mais “friendly”
do ponto de vista empresarial. Ou seja copy e paste da legislação do país
europeu mais favorável à competitividade dos destinos das empresas
portuguesas.”.
Depois de
um texto tão claro e objectivo,
-podemos
discutir se o Empreendimento Sem Estrelas é compatível com a Revisão Pontual e quase de
certeza que não é,
-temos de
reconhecer que o importante é implementar a Revisão "a sério" ... que até poderá integrar um Empreendimento
Turístico Sem Estrelas,
-temos de
concluir que, a curto prazo, o SET deve retomar a Revisão Pontual, não
dispersar esforços e, com tempo e drive, abrir a Revisão "a sério" do actual Regime Jurídico dos Empreendimentos Turísticos.
Albufeira 7
de Novembro de 2013
Sérgio
Palma Brito
*José Theotónio, Chief Financial Officer do Grupo Pestana,
em Raul Martins, Francisco Sá Nogueira, José Theotonio e Jorge Vasconcellos e
Sá, Crescimento (sem Keynes) no Turismo, Vida Económica 2012.
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