O Expresso
de 10 de Agosto inclui um extenso trabalho sobre Turismo. Este Blogue não visa
comentar a actualidade e ainda menos acompanhar a Comunicação Social. Dito
isto, o caso em apreço justifica excepção, pelo jornal, pelos intervenientes e
pela jornalista.
Na Primeira
Página do caderno Economia, encontramos: “Promoção Turística de Portugal tem de
mudar”. Não é falso, mas não é completamente verdade, mas não é isto que está
em causa.
1.Página 15 – Como vai o Turismo em
Portugal
Sob este título,
temos uma coluna com excelente apresentação gráfica de vários indicadores. Nesta
coluna encontramos o erro de base que temos vindo a analisar:
-misturar e
não destrinçar os números da Industria da Hotelaria e os da Definição
Abrangente de Turismo, que inclui Emigrantes Portugueses, Viagens de Visitas a
Familiares e Amigos e as Residências Secundárias.
Com efeito,
o texto
-utiliza
sempre Nacionalidade e não Residência – como vimos no caso da França, a
diferença é entre o robusto e o colossal,
-começa com
a parte do Turismo nas Exportações, PIB e Emprego, isto é com valores estimados
com base na Definição Abrangente de Turismo,
-continua
com Portugal/Números, onde inclui Empreendimentos, Hóspedes, Dormidas e Origem
das Dormidas, mais Camas, tudo já na esfera da Industria da Hotelaria e não na
da Definição Abrangente,
-segue com erro
maior: em vez de Proveitos da Industria da Hotelaria, porque é na sua esfera
que estamos, menciona Receitas Turísticas e, em vez dos € 1.9 mil milhões de
Proveitos Totais da Industria da Hotelaria, dá os € 8.6 mil milhões da Receita
de Viagens e Turismo [na sua Definição Abrangente] da Balança de Pagamentos.
Já no fim,
menciona 81 Campos de Golfe. Como veremos em próximo Post, salvo as muito
poucas excepções que confirmam a regra, o investimento em campos de Golfe tem
uma dinâmica integrada na Promoção de Imobiliária Turística, de “Residências
Turísticas”.
O leitor
mais curioso e desconhecedor deste Blogue deve ir ao post:
-Quantificar a Contribuição do Turismo Para a
Economia
2.”O caminho passa por saber vender
Portugal”
Este é o título
das páginas 16 e 17. É coerente com a chamada da Primeira Página, mas justifica
uma explicação.
Citamos o
texto da introdução e felicitamos a jornalista por ter conseguido extrair os
pontos mais relevantes de intervenções díspares:
“A promoção
é o desafio mais crítico identificado pelas forças vivas do sector para
Portugal se afirmar e mostrar o que vale no mapa do Turismo global, resolvendo
os problemas actuais da sazonalidade, preços baixos ou stock de residências turísticas.
Defendem um papel mais activo dos privados na promoção e uma máquina do Estado
mais leve, que não atrapalhe o seu trabalho. “Portugal tem investido muito
pouco e mal em promoção, sustenta André Jordan frisando que “não temos hotéis a
mais, temos é turistas a menos.”.
Este texto
faz lembrar Silverado, um velho Western que recupera todos os clichés de
dezenas de anos de filmes do género.
Ainda aqui,
este Blogue vai convidar os seus leitores a “partilhar uma maneira diferente de
analisar o Viajar e o Turismo”.
Vamos
iniciar uma série de posts que fazem uma abordagem integrada de temas como
-Imagem de
Portugal Como País,
-Imagem de
Marca e Country Branding – Os Equívocos da Campanha West Coast,
-Imagem de
Portugal Como Destino Turístico e Imagem de Destinos Regionais,
-Responsabilidade
Publica na Valorização das Marcas e Plataforma de Cooperação Para o Fazer,
-Marketing
& Vendas da Oferta de Turismo – Responsabilidade da Iniciativa Privada e Facilitação
Pública,
-Operacionalização
das Propostas, com Responsabilização e Prestação de Contas.
Salvo o
devido respeito, o problema não é “Vender” nem a falta de “Promoção Turística”.
Os modelos mais testados de Marketing e Valorização da Marca ajudam a
estruturar uma intervenção diferente. Se não o fizermos, continuamos a
desperdiçar recursos, a não vender como precisamos e a queixar-nos que falta “Promoção”
ou “Estratégia”. É este tema que nos propomos abordar.
A Bem da
Nação
Albufeira
10 de Agosto de 2013
Sérgio
Palma Brito
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